sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Se inspire: Vale a pena largar tudo em busca da felicidade?

Encontrei por aí, achei a  cara do blog e fiquei me perguntando em que ano poderei fazer isto!
Se encontrem!

“Olá, meu nome é Eveline Padilha Silva de Souza, tenho 27 anos, brasileira e sou uma pessoa como você!” Assim começaria o meu livro caso um dia eu resolva escrevê-lo. E assim me apresento, para dizer que neste exato momento estou dando a volta ao mundo. Quero mostrar à você que existe muita coisa em comum entre nós, muito mais que possíveis “Silva” ou “Souza” caso você tenha um em seu sobrenome. E, se você já pensou em sair da rotina, viver uma nova vida, viajar e se jogar no mundo, vai gostar de saber as histórias que tenho para lhe contar! Como tudo começou…
Os primeiros sinais na minha curiosidade sobre lugares veio bem cedo, com a minha fixação por mapas e programas de animais. Eu poderia passar horas e horas debruçada sobre um mapa da Ásia vendo desenhos de montanhas e lagos com nomes esquisitos e seus povoados. Tudo porque assisti a um programa sobre os tigres asiáticos das montanhas chinesas, e lá fui eu me inserir naquele mundo, tão outro mundo que só era viável através de fotos. Vale dizer que “no meu tempo” o acesso a internet não era tão fácil e essa monstruosidade de informações que ela traz não estava ao meu alcance. Muito tempo se passou e me formei como Oficial da Marinha Mercante e ganhei um bom dinheiro. Comecei, então, a seguir o caminho “natural” de todos: comprei uma casa, fiz contas, arrumei alguns pretendentes a futuro marido, mas algo me sufocava. Era como se eu não estivesse vivendo 100% da minha vida, um tédio terrível me tomava algumas vezes, ignorando a montanha de trabalho que eu tinha para fazer naquela tarde. “Para quê tanto trabalho se quando eu finalmente tenho tempo livre, nada me faz feliz realmente, nada me recompensa a altura de todo esse sacrifício?”.
Tentei me vestir das roupas mais caras para parecer mais bonita, não funcionou. Procurei ir em bons restaurantes, boates caras, diversão, vida feliz? Voltava para casa me sentia mais vazia que antes. Resolvi me dar férias na Bahia, mas não tinha companhia. Fui sozinha mesmo. E aí minha vida começou a se transformar. Escolhi um albergue porque me disseram que era fácil fazer amizades, tudo que eu precisava! Conheci os primeiros mochileiros da minha vida. Pessoas que viajavam de carona, cozinhavam a própria comida, bebiam bebidas baratas e tinham todas as histórias do mundo que eu desejava que fossem minhas. Onde eu comprava aquilo? Qual agência eles usaram? Algum pacote? O mundo se abria para mim, era como se dissesse “dá pra parar de olhar para o dinheiro e olhar para mim?” Descobri que os mochileiros não me achariam louca ou carente se me vissem viajando sozinha e onde quer que eu fosse, poderia fazer amizade com eles, e jamais estaria sozinha. Descobri que as pessoas mais interessantes que eu poderia conhecer ganhavam em sua maioria 1000 reais por mês, quando ganhavam.. Comecei a visitar lugares, conhecer pessoas, ouvir suas histórias, me apaixonar pelos lugares, conhecer mais pessoas, mais histórias, mais lugares a serem conhecidos, tive que criar uma lista! Essa lista cresceu, cresceu, cresceu. Quanto mais longe eu ia, mais me desafiava a um passo além daquilo.
Porém percebi que viajar constantemente não era, nem de longe, o mesmo que viajar continuamente por um ano, por exemplo. E essa vontade foi crescendo a cada dia, até que numa conversa com meu melhor amigo, soltei quase sem perceber:
“Vou viajar muito tempo, não sei quanto, nem quando, mas vou.” E a resposta dele foi: “Acredito! Quando se fala ‘eu vou viajar’ não tem mais volta”.

Não teve mesmo. A diferença entre “ai como eu queria viajar” e “eu vou viajar” é definitiva. Você começa a trabalhar para aquilo e as soluções literalmente brotam do nada mas, como disse, se você não definir “eu vou”, nada definirá para você. Eu defini. Um belo dia me vi com dinheiro na mão e desempregada. No mesmo dia recebi uma ligação de uma empresa querendo me contratar.
“Não posso”
“Mas por quê? Já recebeu outra proposta?”
“Não… porque vou viajar”
“Sim, claro, o emprego é para daqui a 2 meses”
“Vou estar viajando”
“Quanto tempo?”
“Um ano”
 Em seguida liguei para o cartão de crédito para dar o aviso de viagem:
“Quero avisar que vou viajar”
“Claro, por quais países?”
“…”
“Senhora?”
“O mundo todo”
“(risos) Bem, pelo menos sabe por onde começar?”
“México…”
Juro, as decisões foram tomadas ao telefone. “Pare de pensar e comece a sonhar”, dizia a bolsa da moça que vi uma semana antes no metrô. Eu resolvi que era hora de viver meu sonho.

Este ano já estive em 9 países diferentes, e no final da viagem, dia 28 de dezembro, serão aproximadamente 20 países.

Um comentário:

  1. Sempre quis fazer isso,acho que tenho coragem,mas planejo isso mais para frente,junto uma quantia de dinheiro,compro uma Combi e saio sem rumo

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